Sincretismo
O sincretismo na Umbanda significa a associação direta de Orixás com os Santos Católicos. Esta associação foi feita pelos escravos trazidos da África, e seus descendentes, que eram forçados pelos Senhores e pelo governo colonial a abandonar seus cultos e suas crenças tradicionais e adotar o Cristianismo como religião. Um altar católico com imagens dos santos era colocado na senzala e os escravos eram obrigados a frequentar missas das paróquias locais, mas estes mascaravam a fé original ao associarem certos santos a certos orixás que acreditavam. Enquanto rezavam ajoelhados frente a uma imagem de Jesus Cristo, a mente do escravo o interpretava como Oxalá, pois o que os padres diziam de Jesus era parecido com o que os babalaôs diziam de Oxalá. Eventualmente a prática era descoberta e os escravos eram punidos, mas a força das duas crenças terminou por se misturar e criar uma nova crença mista que perdura até hoje.
O sincretismo acontece em todas as religiões e culturas, da Islâmica à Budista, dos Gregos aos Romanos, dos escravos em toda a América. É uma forma supereficiente de dominação social que enriquece o dominador e o dominado.
Saiba mais sobre o conceito de Sincretismo em nosso Glossário da Umbanda.
Abaixo apresentaremos uma tabela com o sincretismo dos Orixás da Umbanda com os Santos do Catolicismo, mais comumente utilizado nos terreiros:
Oxóssi: São Sebastião
Ogum: São Jorge
Egunitá: Santa Sara Kali
Oyá: Joana D'Arc
Obá: Santa Madalena
Nanã Boruquê: Santa Ana
Obaluaiê: São Lázaro
Oxumarê: São Bartolomeu
Xangô: São Jerônimo
Oxum: Nossa Senhora da Conceição
Omulu: São Roque
Iansã: Santa Bárbara
Iemanjá: Nossa Senhora dos Navegantes
Oxalá: Jesus Cristo