Omulu
É o orixá ancião do fim e da morte, da degeneração natural que as coisas materiais sofrem ao longo do tempo, transformando a matéria de volta em seus elementos básicos. Além do material, Omulu está quando conseguimos nos livrar de velhos hábitos, quando uma fase de nossas vidas acaba para outra começar, incluindo a passagem do mundo físico para o espiritual. A ideia de um fim das coisas traz às pessoas o sentimento de apego e valor, seja por objetos, situações, pessoas e até a vida. É o orixá-reflexo de Obaluaiê.
"A morte nos ensina a transitoriedade de todas as coisas."
(Leo Buscaglia)
Os filhos de Omulu
São extremamente prestativos e trabalhadores, são amigos de verdade. São perseverantes, pacientes, amorosos e fiéis a uma causa. Para os filhos de Omulu, a justiça não é a dos homens, e sim a de Deus (Olorum).
Muito intuitivos e de mente aguçada, têm uma capacidade mental atualizada ao seu tempo. Raramente adoecem e quando isso acontece, recuperam-se rapidamente.
São discretos e um tanto austeros. Guardam sua individualidade, mesmo no círculo de suas amizades.
Não têm grandes ambições. São despretensiosos. Tiram a roupa do corpo para agradar uma pessoa e tratam o dinheiro pelo lado do prazer, da satisfação.
Muito limpos e vaidosos, na maioria das vezes são espiritualmente muito bonitos. E mesmo que não tenham muita beleza física, exercem atração sobre as pessoas porque o seu lado espiritual, íntimo, é muito forte.
Gostam da ordem e são ótimos mestres instrutores, levando suas empreitadas até o fim, sem se importarem com o preço a ser pago. Querem que as coisas saiam da maneira que planejaram.
Sinceros, não levam desaforo para casa, respondem no ato quando se sentem ofendidos.
Nos relacionamentos amorosos, costumam sentir-se atraídos por pessoas de temperamento extrovertido e exuberante. Admiram o brilho do parceiro ou parceira, embora intimamente isso possa lhes causar um sentimento de quase inferioridade e autopunição, já que sua natureza é reservada.
Têm a tendência da mudança. Podem mudar de opinião de uma hora para outra. Parecem “dançar Opanijé”, indo de um lado para outro, o tempo todo, sempre procurando por algo.
Trabalhadores incansáveis, os filhos de Omulu fazem de tudo no seu templo religioso. Mas não os magoem nem os tratem com indiferença, pois quando se sentem incompreendidos são capazes de exageros e podem ter repentinas depressões.
Fisicamente, costumam ser magros e de traços físicos bem definidos.
Apreciam: o ensino, a magia e as coisas religiosas; roupas bem alinhadas e discretas; a boa mesa; companhias inteligentes; a vida errante e o trabalho descompromissado, como se a qualquer momento fossem partir.
Tornam-se pessoas pessimistas e teimosas, que adoram exibir os seus sofrimentos e que procuram o caminho mais longo e difícil para atingir algum fim.
Omulu esconde suas chagas dos espectadores, por outro lado, sua postura pesada e lenta simboliza o sofrimento que o abate. No comportamento do dia-a-dia, tal tendência pode revelar-se de forma negativa nos seus filhos, através de um caráter tipicamente masoquista. Podem, então, sentirem-se incompreendidos e se tornarem céticos, reprimidos, perversos, irritantes ou vingativos.
Quando deprimidos e depressivos, agem como velhos: lentos, exigentes e rabugentos; acham que nada pode dar certo, que nada está bom. Neste caso, é difícil relacionar-se com eles.
(Fonte do texto 'Os filhos de Omulu': Instituto Cultural Sete Porteiras do Brasil)
Acessem a TABELA DE ERVAS, FRUTAS E FLORES e a TABELA DE CRISTAIS para conhecer os benefícios dos elementos citados abaixo com mais detalhes.
Trono: Geração
Manifestação natural: Morte
Atuação: Paralisador
Saudação: Atotô (Peço quietude)
Sincretismo: São Roque
Cor: Roxo
Nota: Dó
Ponto de força: Cemitérios, fundo do mar
Pedras: Ônix preto
Ervas e plantas:
Frutas:
Flores: Crisântemos brancos
Sementes:
Data: 02 de Novembro